O pós-parto no hospital: um tempo de adaptação
Depois de um parto sem complicações, a estadia hospitalar da mãe e do bebé costuma durar cerca de dois a três dias. Este período é crucial para a adaptação da mãe e do bebé à nova realidade. O recém-nascido precisa de tempo para se habituar ao mundo exterior, enquanto a mãe se ajusta às mudanças físicas e emocionais do pós-parto. A tranquilidade é essencial para garantir que a amamentação, o descanso e os cuidados com o bebé corram da melhor forma possível.
Assim, as recomendações atuais sugerem que, se houver visitas, estas sejam limitadas a familiares muito próximos e amigos de grande confiança, sempre com todas as medidas de higiene e segurança rigorosamente cumpridas. Cabe aos pais decidir se estão prontos para receber visitas durante este período sensível.
Porquê restringir visitas ao recém-nascido?
Nos primeiros meses de vida, os bebés ainda têm um sistema imunitário muito frágil e imaturo, o que os torna especialmente vulneráveis a infeções. Além disso, até completarem dois meses, os bebés ainda não estão vacinados, o que os expõe a uma série de perigos. Infeções simples para um adulto podem tornar-se situações muito graves para um recém-nascido, como septicemia ou meningite.
Por esta razão, é aconselhável limitar as visitas nos primeiros dois meses e evitar, sempre que possível, expor o bebé a ambientes lotados ou fechados. Este cuidado é necessário para garantir que o bebé possa crescer com saúde, protegido dos perigos que, para ele, podem ser maiores do que para nós, adultos.
Cuidados e regras para quem visita o bebé
Se os pais decidirem permitir visitas, é fundamental definir algumas regras para proteger o bebé. As principais orientações incluem:
- Lavar bem as mãos antes de tocar no bebé;
- Evitar beijar o bebé, especialmente no rosto, devido às bactérias que podem ser transmitidas;
- Garantir que quem está doente, mesmo com sintomas ligeiros, não visite o bebé;
- Assegurar que as vacinas dos visitantes estão em dia, nomeadamente a da Tosse Convulsa e da Gripe;
- Em época de gripe, considerar o uso de máscara, mesmo que a pessoa não tenha sintomas aparentes uma vez que a fase de transmissão começa antes do início dos sintomas;
- Marcar antecipadamente as visitas, evitando surpresas.
Como comunicar estas restrições à família e amigos
Partilhar a decisão de restringir visitas pode ser um desafio, especialmente quando todos estão entusiasmados para conhecer o bebé. Porém, é importante que os pais expliquem os motivos de forma clara e tranquila, reforçando que se trata de uma medida temporária para proteger a saúde do recém-nascido.
Além disso, os pais podem tranquilizar os entes queridos, explicando que, após os primeiros dois meses, será possível aumentar o número de visitas de forma gradual, sempre com os devidos cuidados. À medida que o bebé ganha força e imunidade, a socialização pode ir aumentando, com segurança.
A decisão dos pais como prioridade para o recém-nascido
A decisão de permitir ou não visitas a um recém-nascido deve, acima de tudo, respeitar a vontade dos pais. As medidas de proteção não devem ser vistas como um exagero, mas sim como uma escolha ponderada para garantir o bem-estar e a segurança do bebé. Nos primeiros meses, criar um ambiente seguro é essencial, e é importante que os pais se sintam confiantes nas suas escolhas.
A chegada de um bebé é um momento de transição, onde cada escolha visa proteger o seu futuro. Proteger o recém-nascido durante os primeiros meses é uma prioridade, permitindo que, com o tempo, a socialização e o convívio com os outros possam acontecer de forma segura e gradual.