A paralisia facial, também conhecida como paralisia de Bell, é uma condição comum. Esta pode causar assimetria no rosto e preocupar o doente devido à “desfiguração” e ao receio de estar a sofrer um AVC. A paralisia facial surge de forma súbita e a sua causa é desconhecida. Contudo, em alguns casos pode estar relacionada com infeções víricas, como o herpes simplex.
O que fazer em caso de suspeita?
Se desconfiar de uma paralisia facial, é importante procurar um médico para uma avaliação e confirmação do diagnóstico. A principal diferença entre a paralisia facial e um AVC (acidente vascular cerebral) é que, no caso do AVC, além da assimetria facial, ocorre também perda de força ou sensibilidade num dos lados do corpo (membros superiores e inferiores). Nesse caso, é necessário ligar 112, pois trata-se de uma situação de emergência que requer uma intervenção médica imediata.
Se o diagnóstico for confirmado, qual é o tratamento?
Se o diagnóstico for feito nos primeiros dias, é benéfico iniciar o tratamento com corticoides orais e antivirais para evitar a progressão da doença e melhorar o prognóstico. Além disso, é fundamental iniciar a fisioterapia, pois o sucesso na normalização da face depende muito desta terapia. A recuperação total pode demorar cerca de 3 semanas, sendo mais eficaz quando se inicia o tratamento de fisioterapia o mais cedo possível. Nesse meio tempo, pode realizar alguns exercícios em casa, como encher balões, sorrir, soprar por uma palhinha e segurar uma caneta entre os lábios e acima do lábio superior.
Se o olho do lado afetado começar a ficar vermelho e seco, pode beneficiar da aplicação de colírios hidratantes (gotas a aplicar nos olhos) de 2 em 2 horas, principalmente antes de deitar.
É necessário fazer uma tomografia computorizada (TAC)?
Se houver uma forte suspeita de paralisia facial, não é necessário fazer uma TAC. Acima de tudo, não entre em pânico se tiver esta condição. O mais importante é procurar ajuda médica o mais cedo possível. A probabilidade de uma recuperação completa é bastante elevada.
Leia mais artigos sobre “Saúde Familiar” aqui.
