Este vírus pode permanecer adormecido nas células nervosas durante anos e, em determinadas circunstâncias, como o envelhecimento ou o enfraquecimento do sistema imunitário, pode voltar a ser ativado, levando ao aparecimento da doença Zona.
Sintomas da Zona
Os primeiros sintomas da zona podem ser uma dor intensa ou uma sensação de comichão na pele, na zona (tecnicamente chamada de dermátomo) do corpo onde o virus da varicela ficou adormecido (daí o nome “zona”). Após alguns dias, surgem manchas vermelhas, que evoluem para pequenas bolhas cheias de líquido, conhecidas como vesículas. Estas vesículas, que começam a secar depois de alguns dias, acabam por formar crostas, com um aspeto semelhante a uma faixa.
Outros sintomas associados à zona podem incluir:
- Sensação de calor
- Dormência ou formigueiro nas zonas afetadas
- Febre e calafrios
- Dor de cabeça
- Náuseas e desconforto abdominal
- Dificuldade em urinar
As erupções cutâneas tendem a aparecer em áreas específicas do corpo, como o tronco, mas também podem afetar o rosto, os olhos e outras regiões. A dor é frequentemente descrita como uma sensação de queimadura ou facada, sendo o sintoma mais intenso e persistente.
Como se Transmite o Vírus?
A Zona pode ser transmitida por contacto direto com o líquido das bolhas ou por contacto indireto através de objetos contaminados. Por este motivo, é crucial que o infectado evite tocar nas lesões da pele e, se o fizer, lavar as mãos com frequência e manter a área afetada coberta.
É importante evitar o contacto com pessoas de risco, como grávidas, bebés prematuros e pessoas com o sistema imunitário enfraquecido, até que as lesões estejam completamente em crosta. No entanto, é importante salientar que uma pessoa com zona não transmite a doença a outra pessoa, mas sim o vírus da varicela que, caso seja transmitido a outra pessoa que nunca tenha tido varicela desenvolve esta doença e não a zona.
Quem pode contrair “Zona”?
A zona é mais frequente em pessoas com idade superior a 50 anos e naquelas com o sistema imunitário enfraquecido, como pessoas imunodeprimidas. Estes grupos têm uma maior probabilidade de sofrer uma reativação do vírus Varicella-Zoster.
Existe alguma vacina contra a zona?
Sim, já existem vacinas que se recomendam a partir dos 50 anos e pode ser prescrita por um médico.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento?
O diagnóstico da zona pode ser realizado facilmente por um médico de família ou por um dermatologista, infectologista ou internista por meio da avaliação dos sinais, isto significa que os sintomas ou as lesões cutâneas já estão presentes no corpo, não existindo um diagnóstico “preventivo”. Nos casos em que os sintomas não são claros, podem ser necessários exames em laboratório, mas habitualmente não são necessários.
O tratamento deve ser realizado assim que a doença é detectada e envolve, habitualmente, a toma de medicamentos antivirais para reduzir a dor e acelerar a cicatrização.
O tratamento é focado no alívio dos sintomas, já que não existe um medicamento que elimine completamente o vírus do organismo.
Em casos de infeção ao redor dos olhos, é crucial procurar um oftalmologista imediatamente para evitar complicações graves.
Após o tratamento, a zona raramente volta a manifestar-se, mas pode gerar complicações se não for tratada adequadamente.
Perguntas Frequentes
- Nunca tive varicela. Posso ser contagiado pelo vírus do herpes zoster? Sim. Se estiver em contacto com alguém com herpes zoster, pode ser infetado, mas irá desenvolver varicela, não zona.
- Já tive varicela. Posso ser contagiado pelo herpes zoster? Não. A zona ocorre devido à reativação do vírus da varicela que já estava presente no corpo e não por contágio de outra pessoa.
- Qual é o período de contágio da zona? O herpes zoster é contagioso até que todas as lesões da pessoa infetada estejam em crosta.
- Qual é o período de incubação do vírus? O período de incubação do vírus varia entre 8 a 21 dias após o contacto direto com uma pessoa infetada.
- Depois de contrair “Zona” posso ter complicações? Sim, podem existir complicações, tais como nevralgia pós-herpética (dor), perda de visão (caso a infeção em torno do olho não seja tratada de forma adequada), encefalite entre outras.