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Pílula do dia seguinte: Como funciona? Quantas vezes pode tomar? Quando falha?

A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência utilizado em situações como uma relação sexual desprotegida ou quando há falha de um método contraceptivo habitual. Isto pode incluir situações como a rotura de um preservativo ou o esquecimento de tomar a pílula anticoncepcional. Este método pode ser eficaz para prevenir uma gravidez não planeada, mas é importante compreender como funciona e quando utilizá-la.
Pílula do dia seguinte: Como funciona? Quantas vezes pode tomar? Quando falha?

Como funciona a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte atua principalmente de três formas:

  • Inibindo ou adiando a ovulação: Impede ou retarda a libertação do óvulo pelos ovários, diminuindo a probabilidade de fecundação pelo espermatozóide.
  • Alterando o muco cervical: O muco torna-se mais espesso, dificultando a passagem dos espermatozóides até ao óvulo.
  • Modificando a mobilidade do espermatozóide e do óvulo nas trompas uterinas: Isto reduz o risco de fecundação..

Contudo, é importante notar que a pílula do dia seguinte não é eficaz se a fecundação já ocorreu ou se o óvulo fecundado já foi implantado no útero. Por isso, é essencial tomar a pílula o mais rapidamente possível após a relação sexual desprotegida para garantir a sua eficácia.

Como tomar a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte deve ser tomada preferencialmente dentro de 12 horas após a relação sexual desprotegida, mas pode ser eficaz até 72 horas após o ato. De acordo com estudos, a pílula do dia seguinte apresenta boa eficácia, especialmente quando tomada nas primeiras 24 horas após a relação sexual.

  • A eficácia pode variar entre 52 a 95% sendo que o intervalo entre a relação sexual e a toma do contraceptivo tem influência nesta percentagem..

A pílula pode ser tomada com ou sem alimentos, e pode ser tomada em qualquer dia do ciclo menstrual, exceto em casos de atraso na menstruação. Caso ocorram vómitos ou diarreia dentro de 3 horas após a ingestão, é necessário tomar outra dose imediatamente, pois existe a possibilidade de perda do efeito esperado.

Além disso, após tomar a pílula do dia seguinte, é recomendável utilizar um método contraceptivo adicional, como o preservativo, até ao início da próxima menstruação. A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação em algumas mulheres.

Quais são os efeitos secundários?

Embora a pílula do dia seguinte seja geralmente segura, pode causar efeitos secundários em algumas mulheres, como:

  • Náuseas ou vómitos;
  • Cansaço e tonturas;
  • Dores de cabeça e sensibilidade mamária;
  • Alterações no ciclo menstrual, com sangramentos imprevistos ou uma menstruação mais abundante;
  • Cãibras ou dores abdominais.

Esses efeitos tendem a desaparecer após um curto período, mas, se persistirem ou causarem desconforto, é importante consultar um médico.

Existem vários tipos de pílulas do dia seguinte?

Existem dois tipos principais de pílulas do dia seguinte, que variam na substância ativa:

  • Levonorgestrel: Deve ser tomada até 72 horas após a relação sexual desprotegida.
  • Acetato de Ulipristal: Pode ser tomada até 120 horas (5 dias) após a relação sexual sem proteção.

Embora ambas as opções sejam eficazes, a eficácia diminui com o tempo, sendo a maior eficácia observada quando a pílula é tomada nas primeiras horas após a relação sexual.

Quantas pílulas do dia seguinte podem ser tomadas?

A recomendação é que a pílula seja utilizada, no máximo, de três a quatro vezes ao ano. O uso repetido pode aumentar o risco de efeitos secundários, como:

  • Irregularidade menstrual e sangramento vaginal abundante ou prolongado;
  • Náuseas e/ou vómitos;
  • Dores de cabeça ou tonturas;
  • Cansaço;
  • Dor abdominal

Condições onde não está indicada ou deve ter cautela

  • Gravidez suspeita ou confirmada;
  • Amamentação – pode tomar o levonorgestrel, mas recomenda-se tomar depois de amamentar e fazer um intervalo de 8 horas;
  • Histórico atual ou anterior de trombose venosa profunda ou tromboembolismo;
  • Histórico atual ou anterior de enfarte, angina ou dor no peito;
  • Histórico atual ou anterior de enxaqueca com aura – pode tomar, mas há riscos;
  • Acidente vascular cerebral ou estreitamento dos vasos sanguíneos do coração;
  • Doença das válvulas do coração ou dos vasos sanguíneos;
  • Diabetes associada a doença vascular;
  • Hipertensão arterial não controlada;
  • Cancro de mama ou outro tipo de cancro estrogénio-dependente confirmado ou suspeito;
  • Sangramentos uterinos anormais não identificados;
  • Tumor glandular benigno;
  • Mulheres que utilizam medicamentos antirretroviraisCancro do fígado, hepatite aguda ou distúrbios do fígado.

Contracepção de Emergência: Outros Métodos

Além da pílula do dia seguinte, existem outros métodos de contracepção de emergência disponíveis, como o Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre, que pode ser colocado até 5 dias após a relação sexual desprotegida. O DIU é o método mais eficaz, com uma taxa de falha inferior a 1%, para além de servir como contraceptivo daí em diante.

A pílula do dia seguinte é uma opção eficaz para prevenir a gravidez, mas deve ser lembrada como um método de emergência, não substituindo métodos contraceptivos regulares, pois não evita doenças sexualmente transmissíveis. Para garantir a melhor proteção, é sempre aconselhável consultar um ginecologista ou médico de medicina geral e familiar e escolher o método contraceptivo mais adequado para cada situação.

Embora seja raro engravidar após o uso correto da pílula, ela pode falhar em alguns casos. Assim, caso note um atraso superior a 7 dias na menstruação, o ideal é realizar um teste de gravidez ou consultar um médico.

Agora que já descobriu tudo sobre a pílula do dia seguinte, saiba agora se “O antibiótico corta o efeito da Pílula?“.

A informação constante neste blogue deve, sempre que necessário, ser abordada com o seu médico e está sujeita a atualizações a que os leitores devem estar atentos.

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